terça-feira, 21 de junho de 2011

Substituição das sacolas plásticas ainda caminha timidamente



A luta para substituir as sacolas plásticas por algum material menos poluente tem ganhado força em todo o Brasil. Muitas cidades já se conscientizaram sobre a importância dessa mudança de comportamento para o bem do meio ambiente e do planeta como um todo. Em Poços, esse conceito tem começado a ganhar força, mesmo que timidamente, já que ainda são poucos os estabelecimentos que estão adotando as sacolas oxibiodegradável ou de outro material menos poluente.

Quando surgiram, no fim da década de 1950, as sacolas de plástico eram motivo de orgulho das redes de supermercados. Em meio século, passaram de símbolo da modernidade a vilãs do meio ambiente. 

Elas demoram pelo menos 300 anos para se decompor. No Brasil, 1 bilhão de sacolas são distribuídas nos supermercados mensalmente - o que dá 66 sacolas por brasileiro ao mês.
A principal alternativa são as sacolas de plástico oxibiodegradáveis. Elas vêm com um aditivo químico que acelera a decomposição em contato com a terra, a luz ou a água. O prazo de degradação é até 100 vezes menor, ou seja, uma sacola leva apenas três anos para desaparecer. 

Esperar pela boa vontade e a conscientização de todos os comerciantes pode não ser a melhor solução, já que a substituição dessas sacolas poderia aumentar os seus custos.

O atual diretor do Departamento Municipal de Água Esgoto (Dmae) e vereador licenciado Tiago Cavelagna apresentou um projeto de lei em 2010 para substituição de sacolas plásticas, entretanto, o processado acabou sendo retirado para passar por algumas modificações.

Agora, como diretor do Dmae, ele reafirma ainda mais a importância desse projeto, já que vive na pele os problemas gerados por essas sacolas que também são um grande problema de entupimento das redes de esgoto.

“Minha ideia era que no prazo de um ano, principalmente os supermercados fossem obrigados a substituir essas sacolas convencionais pelas biodegradáveis. Na época, tivemos reuniões com a Associação Comercial, Industrial e Agropecuária (Acia) e com donos de supermercado e foi me solicitado que esse projeto fosse retirado, já que a obrigatoriedade incomodava. E eles acabaram assumindo o compromisso que fariam isso em até um ano, a expectativa é que isso aconteça”, lembrou.

Cavelagna disse que apesar dessa medida ainda ter sido adotada por todos os comerciantes, muitos supermercados já começaram a substituir essas sacolas plásticas pelas biodegradáveis. O diretor disse que espera que a conscientização parta não apenas dos comerciantes, mas dos consumidores em geral, já que a sua lei tinha um teor educativo.

Para ele, essa mudança é uma questão cultural e mais uma vez ressalta o quanto esse material tem sido altamente prejudicial para o meio ambiente, não só por problemas gerados nas redes de esgoto como também no aterro sanitário controlado de Poços, onde esse material é depositado em grande quantidade diariamente.


“É um problema sério que deve ser tratado com muita responsabilidade por todos. Assim que assumir novamente minha cadeira na Câmara, pretendo fazer uma avaliação desse projeto e quem sabe reapresentá-lo com uma nova proposta, já que a expectativa é que Poços possa dar um passo importante na proteção do meio ambiente”, destaca.

O presidente da Acia Benedito Coutinho disse que a entidade também tem uma preocupação muito grande com essa questão e acredita que os comerciantes já estão começando a se conscientizar. Para ele, é preciso que se dê um tempo maior para essa adequação, já que os custos para isso seriam grandes.

“Acredito que aos poucos os comerciantes vão se adequar e o consumidor também vai mudar a sua cultura e perceber que a substituição dessas sacolas é de extrema importância para o meio ambiente e para o futuro do planeta. A Acia é parceria nesse projeto”, conclui.

sábado, 11 de junho de 2011

Poços recebe 3ª Etapa da Copa Mineira de Downhil hoje e amanhã


Nos dias 11 e 12 de Junho Poços de Caldas recebera a 3ª Etapa da Copa Mineira de Downhill 2011 da FMMTB (Federação Mineira de Mountain Bike), e será válida também como 2ª Etapa da Copa Brasil de Downhill 2011 da CBMTB (Confederação Brasileira de Mountain Bike). Mais informações sobre a Copa Mineira e a Copa Brasil podem ser encontradas no endereço www.cbmtb.com/mg .

O Evento contara com uma barraca beneficiente do CENTRO DE ASSITENCIA SOCIAL FONTE DE VIDA NOVA - PROJETO VIDA NOVA, com amplo espaço com mesas , e estará servindo refeições durante os 2 dias de evento no alto da serra, possibitando que os participantes ,acomphantes e todo público em geral possão se alimentar sem ter a necessidade de se deslocar ao centro da cidade. 

A cidade de Poços de Caldas já conhecida por grande parte dos pilotos de Mountain Bike Downhill fica localiza no Alto da Serra de São Domingos, e por ser uma cidade turística conta com toda infra-estrutura necessária para receber este grande evento. Alem de proporcionar lazer e diversão não só para os pilotos como para família e namoradas que venham acompanhá-los. A Prova será realizada na já famosa e respeita Trilha do Cristo.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Uso incorreto de medicamentos aumenta descarte inadequado


Diariamente, mais de 700 pessoas buscam remédios na farmácia central do município, que recolhe cerca de mil receitas por dia. Apenas lá são disponibilizados mais de 300 medicamentos diferentes.

O grande problema, segundo Lílian Patrícia Santos Marques, coordenadora do setor de farmácia da Secretaria de Saúde, é que muitos pacientes não praticam o uso correto dos medicamentos, tampouco sabem a maneira certa de descartar o remédio vencido sem agredir o meio ambiente.

Isso acontece, também, em função da automedicação. Lílian alerta que a sobra de remédios não deve ser reutilizada, principalmente os xaropes, cujo uso não é indicado depois de sete dias por conta do risco de contaminação.

Além disso, é importante ficar atento à dosagem correta que deve ser ingerida e ao armazenamento, que não pode ser feito no banheiro, debaixo de pias (por conta da umidade) nem em locais de fácil acesso para crianças, que podem se confundir com balas e doces.

“Hoje, a cada 100 intoxicações por medicamento, 35 são com crianças menores de 5 anos e 28% de toda a intoxicação é por medicamentos. É um número muito grande”, considera.


Os principais são aqueles vendidos sem prescrição médica, como os antigripais e anti-inflamatórios. Segundo Lílian, 17% dos medicamentos distribuídos nas farmácias do município são para resfriados.

Descarte
Lílian alerta para o descarte incorreto dos medicamentos. Segundo ela, não é apropriado o descarte em pias ou vasos sanitários, o que é mais comum. O problema é que o medicamento atinge o lençol freático depois de passar pelas redes de esgotos e acabam voltando na água reutilizada. Quando jogamos no lixo de casa, o medicamento vai para o aterro e provoca a contaminação do solo. 

O correto, segundo ela, é devolver o medicamento na farmácia onde foi adquirido, como estabelece a legislação federal. Os estabelecimentos farmacêuticos, por sua vez, devolvem o medicamento vencido para as empresas que o produziram. “Quem produz é responsável pelo descarte final. Por isso eles têm que recolher”.  


Dicas
Mantenha o medicamento na embalagem original, pois além de protegê-lo, ela traz a identificação do produto, nome do fabricante, número do lote e prazo de validade

Sempre lave as mãos antes de manusear os medicamentos.

Confira o prazo de validade, pois medicamentos vencidos podem prejudicar a sua saúde ou não fazer o efeito esperado

Guarde os medicamentos em local limpo, seco e protegido da luz. O sol e a umidade podem alterá-los, mesmo estando dentro da validade.

Os medicamentos que tiverem a orientação “manter sob refrigeração” devem ser guardados na porta da geladeira, longe do congelador.

Mantenha os medicamentos fora do alcance de crianças, que podem confundí-los com balas, sucos e doces.

Não se automedique! E não aceite sugestões, pois o medicamento sem indicação médica pode não trazer o resultado esperado e causar problemas à sua saúde.

Não suspenda o uso do medicamento por conta própria.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Criadouro Poços de Caldas é o maior viveiro da América do Sul


Poucos conhecem, mas Poços de Caldas tem um pequeno paraíso responsável pela proteção de animais silvestres. Parte deles já não é mais encontrada na fauna e a reprodução em cativeiro é o que resta de esperança para a preservação das espécies. 

Este pequeno paraíso existe há mais de 20 anos no bairro Bortolan e recebeu o nome de Criadouro Poços de Caldas. Ao total, abriga mais de 4 mil aves originárias de todas as partes do planeta. São mais de 300 espécies diferentes. Há todos os tipos, cores e tamanhos. Algumas vivem livremente e já estão habituadas ao contato direto com o homem. Estão sempre andando de lá pra cá, espiando, curiosas.

Em cada cantinho do imenso lugar é possível perceber os diferentes trinados, que encantam pelos timbres e tons distintos que ecoam pelos corredores habitados. Espaço que foi totalmente readequado para receber estes animais e fazê-los se sentirem o mais próximo possível de onde nunca deveriam ter saído: seu habitat. Infelizmente, esta é apenas uma das consequências do tráfico de animais.

Quem conta melhor esta história é Alexandre Paulo Rezende Neto Armando, veterinário do viveiro. Ele diz que o criadouro vem sendo constantemente construído há mais de duas décadas. Começou com um sonho do empresário Moacyr Carvalho Dias de criar aves e ter maior contato com estes animais.

“Ele conta que desde criança, sempre tinha aves em casa, e este sonho tomou uma proporção muito grande porque hoje o criadouro de Poços de Caldas se tornou o maior da América do Sul”, afirma o veterinário.

Segundo ele, o criadouro está subdividido em duas áreas: científica e comercial. Tudo isso com a aprovação e requisitos estabelecidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Desta forma, todos os animais que nascem em cativeiro podem ser comercializados para pets, a exemplo do que acontece com araras e papagaios. Contudo, as espécies do criadouro científico são voltadas apenas para trabalhos cujo objetivo é a preservação. Estas, por sua vez, não podem ser comercializadas. Os animais são reproduzidos em cativeiro, o que, segundo o veterinário, é fundamental para a perpetuação de algumas espécies que não são mais encontradas em seus habitats.

O Criadouro Poços de Caldas abriga aves raras e em extinção, a exemplo do mitu mitu, também conhecido como mutum de Alagoas. “O único lugar no mundo que você vai ver este animal vivo é aqui. Isso porque um outro criador retirou os últimos exemplares da natureza para salvar a espécie. De apenas seis exemplares, ele foi se reproduzindo em cativeiro e hoje nós temos perto de 40 animais”, conta.

Recentemente, o viveiro recebeu mais de mil animais, como antas, lhamas, pacas, cotias, esquilos e o Callithrix, também conhecido como mico-estrela. Eles foram doados por um criador que fechou suas portas. “São animais que foram apreendidos pelo Ibama ou pela Polícia Ambiental e que são enviados para os criadouros. Nós somos os fiéis depositários do Ibama”, explica.


De acordo com o veterinário, todas as aves são classificadas. Elas têm uma anilha ou microchip intramuscular, através dos quais é possível levantar todas as informações do animal. Com o número de série é possível saber a origem da ave, em qual viveiro está, entre outros detalhes armazenados em um banco de dados.

Renda
O criadouro é praticamente todo sustentado pelo empresário Moacyr Carvalho Dias. Alexandre classifica como um hobby caro. Prova disso é que a maioria dos criadouros científicos no Brasil está fechando suas portas pelo fato de não conseguir verba suficiente para bancar os altos custos.


No Criadouro Poços de Caldas trabalham cerca de 20 funcionários: 10 tratadores, além de uma equipe de veterinários, tratoristas, serralheiros, pintores, pedreiros e auxiliares. “É uma empresa. Para se ter uma ideia, o maior zoológico da América do Sul é o de São Paulo e lá tem menos animais do que a gente. E não se encontra a estrutura que existe aqui”, garante.
Para minimizar as dificuldades financeiras, foi criada a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Ave é vida. A expectativa é que o criadouro comercial seja autossustentável.


Infelizmente, nenhum outro empresário se prontificou a colaborar com a ideia. Portanto, não há doações que colaborem com a vida financeira do criadouro. A esperança é que o cenário seja outro com a criação da Oscip: encontrar parceiros dispostos a apoiar.

“A Oscip tem autonomia de pedir apoio a estes parceiros e às empresas que queiram ajudar. Assim, teremos mais recursos a serem investidos no criadouro científico para bancar pesquisas, ração e toda a estrutura que existe aqui hoje”, diz.


Educação
De acordo com Alexandre, hoje acontece um projeto dentro do criadouro com o objetivo de incentivar pesquisas acadêmicas. É realizado em parceria com a Puc Poços, por meio do Departamento de Medicina Veterinária e do Laboratório de Biologia Molecular de Poços de Caldas.

As três entidades se uniram para iniciar pesquisas em prol da preservação. Além disso, mais de 20 trabalhos em parceria com a Puc já foram publicados em veículos especializados na área, tendo como enfoque aves silvestres.

“Temos que publicar trabalhos para manter o título de Criadouro Científico. Por isso, sempre temos obras sendo desenvolvidas aqui e várias entidades como a USP, UFMG mandam seus pesquisadores para coletar material biológico e desenvolverem suas pesquisas próprias”, conta.


Tráfico de animais
De acordo com o Ibama, calcula-se que o tráfico de animais silvestres retire, anualmente, cerca de 12 milhões de espécies de nossas matas; outras estatísticas estimam que o número real esteja em torno de 38 milhões.

O Criadouro Poços de Caldas é um dos viveiros do país que recebe estes animais. Ou melhor, aqueles que sobrevivem e são apreendidos pelo Ibama. Alexandre diz que o tráfico de animais é o terceiro maior mercado ilícito do mundo, perdendo apenas para as drogas e armas.
Por conta da imensa extensão territorial do Brasil, a fiscalização de todas as áreas é muito difícil e mesmo que, com o tempo, a consciência ecológica diminua os números, o combate a esta prática é tarefa árdua.

Com a legalização dos criadouros comerciais, o Ibama trava uma batalha contra o tráfico. Isso porque, a partir de então, pessoas que queiram ter um animal destes em casa poderão tê-los, desde que comprem de um criadouro legalizado, como prevê a lei. Caso contrário, a multa pode chegar a R$ 5 mil por espécie.

Esta medida garante que o animal comercializado nasceu em cativeiro. “Isso é muito importante porque os animais comercializados indevidamente sofrem maus-tratos. A finalidade de quem vende é meramente financeira. Eles quebram as asas das aves, a alimentação é horrível, o animal fica debilitado. A estatística é que, de cada 10 animais retirados desta forma da natureza, apenas um sobrevive. Nove morrem para que alguém tenha um em casa. Os criadouros comerciais vêm para lutar em linha direta contra o tráfico”.
Em contrapartida, animais criados em cativeiro nascem para esta finalidade: servir ao mercado pet, evitar a retirada de animais da natureza e garantir o equilíbrio ecológico.

Desde 1997 os criadouros comerciais são liberados para venda destes bichos reproduzidos em cativeiro. Alexandre ressalta que é proibida a comercialização de animais provindos da natureza.

“Só vendemos animais de cativeiro. Todos os animais que estão aqui pertencem à União, ou seja, a qualquer brasileiro. São as matrizes: animais que vieram de zoológico, de apreensão, tudo o que chega para a gente das mãos do Ibama é matriz e não pode ser vendida. O que nasce dessas matrizes, a gente pode vender como animal doméstico”, explica. Quem quiser ter um destes em casa deverá desembolsar no mínimo R$ 2 mil.

Futuro
Quando o empresário Moacyr Carvalho Dias não puder mais cuidar de suas aves, já é certo que o criadouro ficará sob responsabilidade dos filhos e netos. Uma de suas netas, Letícia Carvalho Dias, já trabalha no viveiro e é responsável pelo gerenciamento do criadouro.
Maurício Carvalho Dias, filho do empresário, também auxilia nos trabalhos. “O Moacyr está muito feliz pelo empenho da família na direção do criadouro, juntamente com ele, e sabe que o futuro é cada vez mais brilhante”, finaliza Alexandre.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Água mineral recebe classificação de excelência




Uma recente análise da água envasada e comercializada pela empresa pública Águas Minerais Poços de Caldas foi considerada com qualidade bem superior aos resultados anteriores.

Essa análise foi feita pelo Laboratório de Águas Minerais (Lamin), do Rio de Janeiro, através de solicitação do Serviço Geológico do Brasil, ligado ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão fiscalizador e regulador das atividades minerais no Brasil.

O diretor da empresa, o engenheiro Rodopiano Marques Evangelista, comemora o resultado e explica que essa fiscalização acontece anualmente e é através dessa análise que se sabe as condições da água, se é própria para o consumo, se tem as propriedades necessárias dos elementos químicos favoráveis à saúde.

O resultado foi tão significante que o novo slogan da empresa passou a ser “Beba Saúde, Beba água Mineral Poços de Caldas”.

“Esse resultado foi atestado não por um laboratório auditado externamente. Inclusive vamos ter que modificar os rótulos dos nossos produtos, porque foi identificado que a nossa água melhorou demasiadamente em função de conter elementos que fazem bem a nossa saúde. E ao mesmo tempo indica alguns sais que na maioria das águas dos nossos concorrentes tem um teor muito elevado e que com uso contínuo pode até provocar algum tipo de cálculo renal, coisa que a nossa não apresenta”, comemora.

Esse resultado foi atestado pela bióloga da Lamin, Alexandra de Abreu Marques Coentrão, além de toda uma equipe técnica formada por sete profissionais, encaminhado para o DNPM e então comunicado à empresa.

Não foi feita nenhuma exigência e nos próximos três anos os consumidores da água mineral Poços de Caldas podem ter a garantia de estar bebendo saúde.

A empresa Águas Minerais Poços de Caldas foi reativada em agosto de 2010 depois de ficar três anos paralisada. Para Evangelista, essa foi uma conquista de extrema importância para a cidade, já que o produto é, acima de tudo, um marketing para Poços e precisa de apoio de toda população, dos empresários e comerciantes para que possa se firmar no mercado.