quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Projeto vai padronizar carrinhos de lanche


Os carrinhos de lanche localizados na praça Pedro Sanches, próximo ao Palace Hotel e Palace Casino, vão ganhar um novo visual. A atual administração já tem em mãos um projeto que vai dar mais visibilidade ao local e mais infraestrutura para os proprietários dos trailers.
A mudança é, antes de tudo, uma cobrança do Ministério Público, não apenas no que diz respeito à legalização desse tipo de comércio, uma vez que esses trailers ocupam um espaço público numa área mais do que privilegiada da cidade.
O prefeito Paulo César Silva conta que há algum tempo o engenheiro Chico Bonomo lhe apresentou um projeto que visava à padronização dos trailers e do espaço que eles ocupam. Depois de muitos estudos esse projeto ganhou vida e já foi apresentado para os comerciantes do local.

O projeto gira em torno da construção de uma locomotiva onde cada trailer ocuparia um vagão. Além da construção de uma central única de distribuição de gás e também banheiros.
Em relação aos custos, o prefeito explica que a administração fará os investimentos para dar condições dos comerciantes desenvolverem o projeto, mas parte desses custos será arcada pelos donos dos trailers que atualmente ocupam o espaço, já que por estarem no local há tantos anos serão beneficiados com a vantagem de poderem continuar por mais sete anos depois do projeto concluído.
“Cada vagão poderá ser explorado por até sete anos e passado esse período será aberto um processo licitatório. Assim, eles e quaisquer empresários que se interessarem poderão concorrer cumprindo o que determina a lei que será criada para esse tipo de comércio", comenta.
O prefeito disse que já recebeu reclamações dos carrinhos de lanches, mas no geral ele afirma que a população aprova e gosta, destacando que o comércio gera empregos e renda para muitas famílias.
A intenção da administração é também fazer justiça tributária, já que muitos comerciantes do ramo de alimentação reclamam que os proprietários de carrinhos de lanches ocupam espaço público pagando impostos irrisórios.
“Antigamente não se pagava nada, hoje eles pagam uma taxa bem pequena. Mas com essa padronização todos os proprietários terão que abrir empresas. Alguns já fazem isso e recolhem impostos, mas ainda existem alguns que não são totalmente legalizados”, coloca.
De acordo com o prefeito, o projeto está na secretaria de Planejamento, através da equipe do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Cultural e Turístico de Poços de Caldas (Condephact). A intenção da administração é que o projeto seja concluído assim que o Palace Hotel ficar pronto.
“Espero que dê tempo de tudo isso acontecer, os proprietários já conheceram o projeto e ficaram muito entusiasmados. Já os colocamos em contato com o Banco do Brasil que tem uma linha de financiamento para que todos tenham condições e possam viabilizar o empreendimento”, conclui.
O arquiteto e presidente da Condephact Osmero Pelegrinelli também reconhece a importância histórica para a cidade, já que alguns proprietários estão no local há pelo menos 30 anos.
“Na verdade eles precisam ser levados em conta quando se discute o espaço urbano e as atividades que a cidade proporciona. Esse projeto de padronização dos trailers vem sendo desenvolvido entre as Secretarias de Serviços Públicos e Planejamento. O projeto idealizado por um munícipe é de fazer uma imitação de um comboio de trem”, explica.

Osmero disse que está coordenando o projeto, mas na verdade ele foi desenvolvido por estagiários do curso de Arquitetura da Puc – campus Poços de Caldas.
Além da realização de três reuniões em conjunto com todos os proprietários, o arquiteto conta que foram feitas reuniões individuais, já que, segundo ele, é preciso saber as expectativas e as inquietações diante de todas as mudanças.
“Estamos agora numa fase de levantamento de custos e felizmente todos têm a consciência de que como está é muito ruim, já que o espaço não atende mais as necessidades e alguns chegam a fazer até “puxadinhos” quase que dentro do rio. A intenção é fazer com que eles tenham um espaço melhor para trabalhar e que a cidade perca essa coisa feia que é hoje esse conjunto de trailers”, concluiu.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Famílias estão sendo selecionadas e cadastradas para acolher, temporariamente, crianças e adolescentes


A população de Poços de Caldas pode desempenhar papel fundamental na manutenção dos direitos e deveres de dezenas de crianças e adolescentes em situação de risco no ambiente familiar. Há cinco anos, o município conta com o Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora – Política Pública de Proteção Especial de Alta Complexidade, atualmente executada pela Associação dos Amigos Clínica da Alegria – que cadastra, seleciona e realiza oficinas de formação para famílias que tenham perfil para acolher, por tempo determinado, crianças e adolescentes, garantindo-lhes convivência familiar e comunitária. Porém, o grande problema é a quantidade reduzida de famílias interessadas.      
Segundo a psicóloga Valéria Castilho, o serviço é uma alternativa de proteção que não a institucionalização. “Quando os pais de origem não têm condições de cuidar, em virtude de abandono, negligência e formas múltiplas de violência, as crianças são afastadas temporariamente por determinação judicial. Ao invés de serem levadas a instituições especializadas, elas são encaminhadas para as casas de famílias pré-selecionadas, o que assegura a continuidade da criação e da educação, permanecendo no seio familiar e em ambiente sadio”, disse.  
O acolhimento, que é provisório, priva pelo retorno da criança e/ou adolescente à família biológica. “Desde o primeiro momento, a família sabe que o acolhimento é provisório e temporário, pois o objetivo é a reintegração à família de origem. Temos o cuidado de preservar e fortalecer o vínculo entre o acolhido e familiares de origem, realizando semanalmente encontros entre eles. Mas, após o período de acolhimento, buscamos preservar a ligação entre a família acolhedora e o acolhido, o que continuará auxiliando no desenvolvimento e na socialização”, destaca a psicóloga.  
Mesmo não sendo novidade em Poços de Caldas, o serviço ainda é pouco conhecido e traz algumas dúvidas. “Muitas pessoas confundem o Família Acolhedora como sendo uma via para adoção, porém esta não é a realidade, visto que um dos pontos determinantes para ser Família Acolhedora é não estar inscrito no cadastro de adoção municipal. O serviço representa um núcleo de acolhida provisória, sendo que as famílias são selecionadas e preparadas previamente. Elas se disponibilizam para promover os cuidados integrais da criança e ou adolescente, dando-lhes proteção. A família acolhedora tem um papel fundamental neste serviço, pois representa a participação direta, efetiva e cidadã da sociedade civil”, lembra a assistente social Giselle Villela.    
O Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora oferece às famílias habilitadas uma equipe de apoio, com assistente social e psicóloga, para orientação e acompanhamento para todas as necessidades demandadas no período de acolhimento. As famílias acolhedoras tornam-se parceiras no acolhimento e na preparação para o retorno de crianças e adolescente à família de origem.
Atualmente, há mais crianças e adolescentes disponíveis do que famílias cadastradas. “Para que este contexto modifique e estas crianças e adolescentes recebam oportunidades, estamos em busca de famílias da comunidade que desejam e possam oferecer amor, cuidado, proteção e convivência familiar e comunitária. Os interessados devem residir em Poços de Caldas, ter disponibilidade para participar do processo de habilitação, além de ter afeto, solidariedade, compromisso, disponibilidade e concordância da família com a proposta de acolhimento”, finaliza Giselle Villela.
Mais informações na rua Padre Henry Mothon, 296 (ao lado do museu da Urca), ou pelos telefones (35) 3722–1713 / 3714-8509.


Assistente social Giselle Villela e psicóloga Valéria Castilho alertam que o programa não pode ser confundido com adoção


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Confira a programação de cinema gratuito para o mês de agosto



CINECLUB - LUZ, CÂMERA E REFLEXÃO - BELLA DE ARTES

Agosto (Coppola)
2/08 - O Poderoso Chefão
9/08 - O Poderoso Chefão II
16/08 - O Poderoso Chefão III
23/08 - Demência 13
30/08 - Apocalipse Now Redux

Todas as terças-feiras, às 20 horas no Teatro Nicionelly Carvalho - Instituto Cultural Companhia Bella de Artes, rua Prefeito Chagas, 305 - pl - Centro - Edifício Manhattan. Informações: (35) 3715-5563.


CINESESC

03/08 - 20h – O Ladrão / Grécia (CURTA)
             20:15h - A Fita Branca / Alemanha
10/08 – 18:30h – Almoço em Agosto / Itália
             20h – Antes da Chuva / Macedônia
17/08 – 20h –Tango Argentino / Bélgica (CURTA)
             20:15h – Stella / França
24/08 – 18:30h - Tartarugas podem voar / Iraque
             20h – O Banheiro do Papa / Uruguai
31/08 – 20h – Salto triplo / Bósnia (CURTA)
             20:15h - Vale das Flores / Japão-Índia

A Mostra Cinema do Mundo acontece toda quarta-feira no Sesc Poços de Caldas, rua João Inácio Dalmonte, 65. Informações: (35) 3722-1393.



Cinevideoclube – Instituto Moreira Salles

4/08 – Partir (20h)
7/08 – A jovem rainha Vitória (16h)
11/08 – Desejo de ser mãe (20h)
14/08 – Além da vida (16h)
18/08 – Uma garota dividida em dois (20h)
21/08 – Suave é a noite (16h)
25/07 – Roma, um nome de mulher (20h)
28/08 – Jane Eyre (16h)

O Cinevideoclube acontece aos domingos com a sessão drama e romance, ás 16 horas. Já a sessão Cinema do Mundo é realizada todas as quintas-feiras, 20 horas, no Instituto Moreira Salles, Casa da Cultura de Poços de Caldas, rua Teresópolis, 90, Jardim dos Estados. Informações: (35) 3722-2776.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Canil abriga mais de 100 animais abandonados


Ter um animal de estimação requer, além de amor, muita responsabilidade. Mas, infelizmente, não são todas as pessoas que pensam assim e, por isso, é comum andar pelas ruas de Poços e deparar com cachorros soltos, perdidos, sem rumo.
Além do sofrimento causado ao animal, abandoná-lo à sorte das ruas é também um grande problema de saúde pública. É fácil culpar o poder público pela ineficiência nessa questão, mas é preciso que cada cidadão assuma a sua responsabilidade.
Só quem visita um canil municipal pode ter a dimensão desse problema, que não é só de Poços, mas da maioria das cidades brasileiras. Cães que um dia foram ‘amigos’, serviram de proteção, hoje estão simplesmente amontoados e morrendo com doenças, fome e, principalmente, abandono.
Para Rogério Blasi, coordenador de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde, é preciso que a população se conscientize e não abandone os animais, com vem acontecendo frequentemente. “Infelizmente, o abandono é comum na nossa sociedade. Inclusive, abandono de crianças. O cão não fica de fora. Por isso temos que estimular, educar as crianças sobre a posse responsável, para que elas cresçam com outra mentalidade. Que respeitem os animais e entendam a responsabilidade de se ter um em casa”.
Segundo ele, é preciso também a reeducação sobre o bem-estar dos animais. Faltam cuidados com higiene, vacinação, lazer, alimentação e demais atenções básicas para se ter um animal em casa. “Não basta ter um animal por hobby. A gente quer estimular a adoção porque há muitos animais pelas ruas”.
E estes cães abandonados não têm outro destino que não seja obrigo. Contudo, Blasi ressalta que todo abrigo tem um limite. Mas o número sempre é extrapolado. O abrigo municipal tem capacidade de receber até 150 animais e este número fica no limite.
Muitos destes cães e gatos não têm condições de sobrevivência por conta de doenças infecciosas, que causam sofrimento. A única solução, nestes casos, é a autanásia.
Adoção
Por outro lado, muitos animais estão em condições de serem adotados e integrar uma família. “Basta que a pessoa venha ao canil, veja se gosta de algum, escolha um que esteja dentro das suas possibilidades (tamanho, espaço necessário, comportamento) e pague uma taxa simbólica de R$ 10 para o município. Muitas pessoas questionam esta taxa, mas é importante porque demonstra responsabilidade e evita que as pessoas sejam levadas pela emoção”, explica.
São animais abandonados e a procedência é desconhecida. Portanto, é recomendável levá-lo ao veterinário para regularizar as vacinas. Isso porque o melhor amigo do homem também pode se tornar vilão, caso transmita doenças.
Poços lança Programa de Controle de Natalidade de Animais

A Secretaria de Saúde lançou, na última semana, o Programa Municipal de Castração de cães e gatos. “O programa tem por objetivo diminuir o número de animais abandonados nas ruas e, por consequência, o número deles no canil”, destaca o coordenador da Vigilância Ambiental Rogério Blasi. A castração é feita através de métodos cirúrgicos em machos e fêmeas, para impedir que se reproduzam sem controle. “A cirurgia é feita com anestesia geral, ou seja, o bichinho não sente nenhuma dor”, diz o médico veterinário.
A castração pode ser feita a partir dos três meses de idade e, no caso da fêmea, recomenda-se antes do primeiro cio. Três clínicas veterinárias foram credenciadas pelo município para participarem do programa de castração. O custo, por animal, será de R$ 16,30 e, além da castração, o proprietário terá seu animal identificado com um microchip. “Com o chip, outra vantagem do programa será a rápida identificação do animal, em caso de acidente, perda ou abandono”, relata Rogério Blasi.
Para participar do programa, o proprietário deve se dirigir ao setor de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde, localizado na rua Junqueiras, 196, terceiro andar, no horário de 13h às 17h. Lá, ele irá pegar uma guia para pagamento do valor de R$ 16,30, em qualquer banco ou lotérica. Depois, retorna na Secretaria de Saúde e realiza a inscrição. “De posse da inscrição, o proprietário é quem vai escolher a clínica onde irá levar seu animal para o procedimento cirúrgico”, diz Rogério Blasi.
O Programa Municipal de Castração de Cães e Gatos é parte integrante do Programa de Posse Responsável de Animais, desenvolvido pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) do município. Dentre as ações já realizadas destacam-se palestras nas escolas e concurso para o nome dos mascotes do programa (também desenvolvido nas escolas). O programa tem como parceiros a Guarda Verde, a Associação dos Amigos Protetores dos Animais (AAPA) e o curso de Medicina Veterinária da Puc Minas.

Cata-Caca
Outra ação do Programa de Posse Responsável de Animais é o Projeto Cata-Caca. Trata-se da colocação de displays em locais de grande movimento, como praças centrais e ciclovia, com luvas de plástico para que o proprietário possa recolher os dejetos de seu bichinho de estimação, depositados ao longo das vias públicas. Os displays terão ainda dizeres sobre posse responsável.

“Posse responsável é tudo isso: vacinar, cuidar da higiene de seu animal, mantê-lo sob vigia, nunca deixá-lo solto pelas ruas, levar periodicamente ao médico veterinário, alimentar, dar carinho e, sobretudo, saber que um animal vai viver em torno de 15 anos e a sua posse deve ser discutida na família antes de adotar ou comprar um bichinho de estimação”, conclui Rogério Blasi.