A única pista de bicicross de Poços de Caldas,
localizada no Parque Municipal Antônio Molinari, está desativada desde agosto
de 2010. O motivo é uma reforma sem fim iniciada pela administração municipal.
Enquanto isso, atletas treinam sob condições que não são ideais ou buscam
alternativas em cidades da região. O resultado insatisfatório é sentido pelos
competidores durante as disputas.
Estão envolvidas no processo de reforma três
Secretarias Municipais: Esportes, Serviços Públicos e Projetos e Obras
Públicas. Ao longo desses quase dois anos, a máquina da prefeitura empenhada
para o trabalho já quebrou mais de 40 vezes.
Quem confirma o número, que pode ser considerado
exagerado por alguns, é a presidente do Bicicross Poços Clube, Terezinha
Fernandes Moreno. “As máquinas são muito velhas e não têm condições de
continuar trabalhando. O maquinário precisa ser renovado”, afirma.
As dificuldades foram tantas que a Neo Nutri,
empresa de Poços que patrocina o bicicross, ajudou a construir os únicos
paredões que estavam de pé até poucos dias atrás. “As máquinas quebravam tanto
que a Neo Nutri resolveu pagar 41 horas de máquina para fazer os paredões com a
esperança de que logo a prefeitura colocasse outras máquinas para terminar o
serviço, o que demorou a acontecer”, conta.
Hoje, o clube tem cerca de 30 pilotos. Eles
participam de competições, mesmo sem o treinamento ideal. “Mesmo com a pista toda
arrebentada, eles andam. Também fazem treinamento em asfalto e outros vão até
Botelhos para correr, porque lá tem uma pista que atende às necessidades”, diz.
De acordo com o secretário de Esportes Carlos
Alberto dos Santos, a pista vem sendo reformada com recursos próprios da
prefeitura, conforme disponibilidade de servidores da Secretaria de Serviços
Públicos.
A compra do material usado é responsabilidade das
Secretarias de Esporte e Obras. A reforma foi retomada dia 19 deste mês
(terça-feira).
Segundo Santos, a reforma é dividida em duas
etapas. A mais complexa é a construção do gate de largada. A outra é a
construção das rampas de saltos e curvas. Todo o processo vem sendo acompanhado
de perto por pilotos, integrantes do Clube. Entretanto, de acordo com o
secretário, não há expectativa de quando a pista estará pronta.
Projeto
Segundo Terezinha, há um projeto aprovado pela lei
de incentivo, com apoio do DME, que ainda não foi colocado em prática por conta
da falta da pista. Crianças carentes e com necessidades especiais aprenderiam o
esporte, na escolinha patrocinada. Com a verba disponível, seriam adquiridos
todos os equipamentos necessários. “A gente quer desenvolver este projeto
social, que muitas equipes já estão fazendo, mas precisamos da pista para dar
início”, encerra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário