segunda-feira, 9 de julho de 2012

Atletas de Poços estão sem pista para treino há quase dois anos



A única pista de bicicross de Poços de Caldas, localizada no Parque Municipal Antônio Molinari, está desativada desde agosto de 2010. O motivo é uma reforma sem fim iniciada pela administração municipal. Enquanto isso, atletas treinam sob condições que não são ideais ou buscam alternativas em cidades da região. O resultado insatisfatório é sentido pelos competidores durante as disputas.

Estão envolvidas no processo de reforma três Secretarias Municipais: Esportes, Serviços Públicos e Projetos e Obras Públicas. Ao longo desses quase dois anos, a máquina da prefeitura empenhada para o trabalho já quebrou mais de 40 vezes.

Quem confirma o número, que pode ser considerado exagerado por alguns, é a presidente do Bicicross Poços Clube, Terezinha Fernandes Moreno. “As máquinas são muito velhas e não têm condições de continuar trabalhando. O maquinário precisa ser renovado”, afirma. 


As dificuldades foram tantas que a Neo Nutri, empresa de Poços que patrocina o bicicross, ajudou a construir os únicos paredões que estavam de pé até poucos dias atrás. “As máquinas quebravam tanto que a Neo Nutri resolveu pagar 41 horas de máquina para fazer os paredões com a esperança de que logo a prefeitura colocasse outras máquinas para terminar o serviço, o que demorou a acontecer”, conta.

Hoje, o clube tem cerca de 30 pilotos. Eles participam de competições, mesmo sem o treinamento ideal. “Mesmo com a pista toda arrebentada, eles andam. Também fazem treinamento em asfalto e outros vão até Botelhos para correr, porque lá tem uma pista que atende às necessidades”, diz.

De acordo com o secretário de Esportes Carlos Alberto dos Santos, a pista vem sendo reformada com recursos próprios da prefeitura, conforme disponibilidade de servidores da Secretaria de Serviços Públicos. 

A compra do material usado é responsabilidade das Secretarias de Esporte e Obras. A reforma foi retomada dia 19 deste mês (terça-feira).

Segundo Santos, a reforma é dividida em duas etapas. A mais complexa é a construção do gate de largada. A outra é a construção das rampas de saltos e curvas. Todo o processo vem sendo acompanhado de perto por pilotos, integrantes do Clube. Entretanto, de acordo com o secretário, não há expectativa de quando a pista estará pronta.

Projeto
Segundo Terezinha, há um projeto aprovado pela lei de incentivo, com apoio do DME, que ainda não foi colocado em prática por conta da falta da pista. Crianças carentes e com necessidades especiais aprenderiam o esporte, na escolinha patrocinada. Com a verba disponível, seriam adquiridos todos os equipamentos necessários. “A gente quer desenvolver este projeto social, que muitas equipes já estão fazendo, mas precisamos da pista para dar início”, encerra.

Nenhum comentário:

Postar um comentário